Manipular em Relação Cêntrica, precisa mesmo?

Manipulação em relação cêntrica pode ser um assunto um tanto quanto polêmico na ortodontia. Eu recebo várias perguntas de alunos que têm dúvidas sobre a real necessidade de fazê-la no paciente.

Tem-se discutido muito a questão do diagnóstico em relação cêntrica (RC) na Ortodontia. Devido a esta questão, através de uma revisão, verificou-se a importância do diagnóstico em RC na Ortodontia, assim como os meios disponíveis para a obtenção desta relação.

Na ortodontia convencional, o diagnóstico baseado na análise estática da oclusão não fornece informações sobre a discrepância entre a relação cêntrica e a máxima intercuspidação habitual (MIH), podendo assim levar a um plano de tratamento impreciso ou incompleto. Portanto, é necessário para se realizar o diagnóstico em RC, incluindo no exame ortodôntico inicial uma análise funcional da oclusão.

Para ilustrar bem e esclarecer melhor essa dúvida que já me afetou durante um tempo e ainda afeta muitos ortodontistas, eu vou contar uma história pra você…

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Relação Cêntrica no diagnóstico de casos de classe II

Certo dia, um aluno veio até mim, relatando que havia iniciado um tratamento de um paciente portador de uma oclusão considerada perfeita, relação molar e caninos de classe I. Esse paciente tinha terminado um tratamento ortodôntico recente e gostaria de fazer um retratamento por causa de um pequeno apinhamento nos incisivos laterais. Esse aluno me disse que na sua opinião, o paciente não precisava fazer um novo tratamento, pois os dois incisivos laterais estavam bem posicionados.

Moral da história: ao colocar o aparelho percebeu-se que aquela oclusão perfeita se transformou em uma relação de classe II com 5 mm de overjet. Por isso, na hora do diagnóstico precisamos manipular o paciente em relação cêntrica e durante o tratamento checar essa oclusão, para não ter surpresas durante o tratamento, aquele overjet já existia no início. Só não foi diagnosticado corretamente. Com o alinhamento e nivelamento dos dentes, aquele contato prematuro que avançava a mandíbula foi eliminado, fazendo com que o overjet aparecesse durante o tratamento.

  • Mas então, qual é o grau de exigência que esse paciente tem ?
  • Qual o porquê da necessidade ou não de se manipular o paciente em relação cêntrica ?
  • A manipulação cêntrica é realmente necessária como referência para o nosso tratamento ?
  • O que pode acontecer caso você não faça a manipulação em relação cêntrica no início do tratamento ?

Assista ao vídeo para saber as respostas para essas perguntas, e entender a necessidade da manipulação em relação cêntrica no seu tratamento.

Espero que você tenha gostado dessa dica. Se gostou compartilhe esse conhecimento com seus amigos e amigas para que possa chegar a mais e mais pessoas.

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Foto Professor Helio Venancio 2022
Professor Hélio Venâncio

Criador da maior escola online de ortodontia da América Latina.

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